Sentimo-nos protegidos de verdade? |
Entende-se por Segurança Pública, em uma sociedade que
exerce democracia plena, a garantia da proteção dos direitos individuais e segurança
do pleno exercício da cidadania. O assunto é costumeiramente um dos principais
focos de campanhas político-eleitorais, e um dos grandes motivos de preocupação
dos cidadãos dentro e fora de seus lares.
As forças de segurança buscam aprimorar-se a cada dia
e atingir níveis que alcancem a expectativa da sociedade. Imbuídos pelo
respeito e pela defesa dos direitos fundamentais do cidadão, cabe ao Estado
garantir a segurança de pessoas e bens no território brasileiro, a defesa dos
interesses nacionais, o respeito pelas leis e a manutenção da paz e ordem
pública. Enquanto atividade desenvolvida pelo Estado, a segurança pública é
responsável por promover ações de repressão e oferecer estímulos ativos para
que os cidadãos possam conviver, trabalhar, produzir e se divertir,
protegendo-os dos riscos a que estão expostos.
O termo segurança é amplo, contempla diversas
categorias e manifestações. Afunilemos, então, para aquela segurança que
garante nossas vidas diante da criminalidade. Foi-se o tempo em que “estar fora
de casa no tardar da noite” era motivo de “perigo”. Sim, perambular pelas ruas
de madrugada, em locais de pouco ou nenhum movimento, continua perigoso até
hoje. Somos vítimas de uma violência que ampliou sua “área de atuação”. Nem
sempre estar dentro de casa significa estar protegido. Há tempos vivemos em
constante estado de insegurança, em alerta o tempo inteiro.
Diversos acontecimentos próximos a nós têm provado que,
infelizmente, é impossível pensar num quadro de estabilidade em relação à
segurança pública. Cabe ao tripé Estado, sociedade civil e iniciativa privada
tomar medidas sérias e rígidas de combate à criminalidade, adotando soluções –
tanto no quadro jurídico e institucional quanto no operacional – que estejam à
altura da sofisticação da criminalidade.
Recentemente, um jovem, filho de um empresário do
‘Nortão’, foi sequestrado e liberado mediante pagamento de resgate. Obviamente
que os bandidos se prepararam para a ação, e sabiam que não receberiam
recompensa alguma caso a vítima fosse alguém do povão. A família obteve
condições de arcar com o valor pedido e trouxe novamente para sua rotina o ente
que passou momentos de pânico nas mãos de sequestradores. Lamentável é quanto
percebemos que a vida, em uma circunstância como esta, não tem valor, agora tem
preço. Dez mil, vinte mil, quinhentos mil, um milhão de reais.
O
combate à violência é parte de um contexto onde há um clamor social intenso
tornando necessária a implementação de uma série de ações governamentais
voltadas à solução desse problema. É óbvio que a vontade política e social é o
ponto de partida dessa luta.