segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Apelação por um voto consciente


Eleições municipais estão marcadas para 7 de outubro
Terça-feira (21) marca o início do Horário Eleitoral Gratuito de Propaganda Eleitoral nas rádios e televisões do Brasil. A programação vai até o dia 4 de outubro, três dias antes das eleições. Realizado a cada dois anos (por conta das eleições municipais e nacionais), o Horário Eleitoral Gratuito é muitas vezes palco para desocupados, postulantes que tentam pela enésima vez se reeleger, e por concorrentes que querem, realmente, mostrar serviço ao município.
Qualifico de ‘desocupados’ aqueles que por um ou outro motivo estão no pleito simplesmente para fazer figuração. É importante lembrar que, de acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o número de vagas entre os vereadores para cada partido ou coligação deve preencher o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. Ou seja, muita gente concorre apenas para adequar seus partidos às normas. Há circunstâncias em que não há vínculo algum com a sigla, e o cidadão serve apenas como ‘laranja’, em troca de benefício próprio ou de outrem.
Outros ‘desocupados’ aproveitam o tempo mais para criticar seus opositores do que apresentar suas propostas (se é que as possui). Fora inúmeros casos espalhados pelo país de candidatos que buscam uma nova reeleição. Muitos, há décadas ocupando cadeiras nas Câmaras Municipais ou revezando-se na liderança do Executivo.
Entre os prefeitos, o máximo de duas legislaturas não impede que apoiem um sucessor do mesmo partido ou grupo, já pensando em uma provável nova eleição quatro anos depois. Isso não é demagogia nem lorota. É visível, e os principais prejudicados são moradores de municípios menores, vítimas do coronelismo presente nessas regiões.
Este é só um alerta às várias situações vistas no território nacional. Não podemos esquecer que, há sim, políticos honestos e preocupados com o bem-estar social. Tachados de corruptos pela história do Brasil, ainda têm a desconfiança de boa parte da população. Separá-los dos demais é o nosso dever. Não podemos esquecer que o voto é a maior arma do brasileiro para corrigir irregularidades e acabar com a má gestão pública. Através do horário político, às vezes chato, tedioso, monótono, é que podemos dar o primeiro passo rumo às mudanças. Isso não é um pedido para que ouçam no rádio ou assistam pela televisão as propostas dos candidatos, e sim um alerta para que façam boas escolhas na hora de votar. Arrepender-se de uma escolha errada, nesse caso, leva tempo para se corrigir: exatamente quatro anos.

Programação
Os candidatos a prefeito e vereador terão uma hora por dia no rádio e uma hora por dia na televisão. Esta hora será dividida em dois blocos de meia hora cada. Os programas dos candidatos a prefeito e vice-prefeito serão exibidos as segundas, quartas e sextas-feiras. As terças, quintas e sábados serão dedicados aos programas dos vereadores.
No rádio as inserções serão entre as 7h e as 7h30, e das 12h às 12h30. Já na televisão os horários são das 13h às 13h30, e das 20h30 às 21h. As inserções dos candidatos a prefeito durante a programação das emissoras vão ser veiculadas entre as 8h e a meia noite. O tempo varia de acordo com a representatividade da legenda ou do partido do candidato.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Brasil conquista maior número de medalhas em uma única edição em Londres


O sambista Renato Sorriso no encerramentos das Olimpíadas de Londres
            Os Jogos Olímpicos de Londres estão marcados como a edição em que o Brasil conquistou a maior quantidade de medalhas em uma só edição: 17 no total, sendo três de ouro, cinco de prata e nove de bronze. E como sempre acontece, os balanços são positivos para alguns e negativos para outros. Vamos, inicialmente, aos medalhistas.
            Logo no primeiro dia oficial de competições após a abertura das Olimpíadas (a primeira rodada do futebol masculino e feminino havia sido realizada antes mesmo do evento), o Brasil conquistou um feito histórico, que durou somente algumas horas: assumiu a liderança do quadra de medalhas com uma de ouro (com Sarah Menezes, no judô), uma de prata (Thiago Pereira, na natação) e uma de bronze (Felipe Kitaday, no judô). Enquanto o judô deu mais duas medalhas, com Rafael Silva e Mayra Aguiar, e o boxe trouxe uma prata com Esquiva Falcão, e dois bronzes com Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo, outros esportes que em outrora faziam a alegria dos brasileiros, dessa vez, decepcionaram. Na natação, César Cielo, que esperava repetir Pequim-2008 e abocanhar outro ouro, voltou apenas com o bronze nos 50 m livre.
Já o atletismo foi ainda pior. Candidata ao ouro no salto com vara, Fabiana Murer sequer realizou o terceiro salto de sua série e não avançou para as etapas seguintes. A atleta culpou o vento do Estádio Olímpico pela desistência. Maurren Maggi, medalha de ouro na última edição, acabou eliminada logo no início da competição de salto em distância e também frustrou a expectativa de quem acreditava em um novo triunfo. Dentre os esportes coletivos, o basquete decepcionou. A equipe feminina, que passou por problemas internos às vésperas dos jogos, foi eliminada na primeira fase. Os homens fizeram papel mais bonito e, depois de 16 anos longe de uma Olimpíada, chegaram às quartas-de-final. As mulheres do Handball, depois de avançarem à fase seguinte como primeiras de seu grupo, foram eliminadas pela Noruega.
Nessas Olimpíadas tivemos gratas surpresas. A maior delas foi a medalha de ouro conquistada por Arthur Zanetti nas argolas, a primeira da história do país na ginástica.  Quem também subiu ao pódio foi a dupla Bruno Prada e Robert Scheidt, na vela – Classe Star. No vôlei de areia, a dupla Juliana/Larissa conquistou o bronze, enquanto Alison/Emanuel perderam a final e ficaram com a prata.
Assim como em Pequim, o vôlei de quadra também contribuiu para o quadro de medalhas, com uma prata (masculino) e o bi olímpico (feminino). O futebol masculino decepcionou mais uma vez. Treinados por Mano Menezes, os jogadores que figuram dentre os mais bem pagos do planeta, foram derrotados para o México e trouxeram pela terceira vez a amarga prata para o ‘país do futebol’.
A lição que se tira mais uma vez é que falta apoio, sim, aos atletas nacionais. Muitos treinam em condições precárias, com pouco ou nenhum recurso, e são lembrados por dirigentes e torcedores a cada quatro anos. O Rio de Janeiro recebe a próxima edição dos Jogos Olímpicos e, além da organização (que já está custando uma fortuna aos nossos cofres), no mínimo, os atletas devem ser preparados para o Brasil poder realizar em solo tupiniquim sua melhor campanha na história das Olimpíadas.