Parecia impossível. O time do Vôlei Futuro, irreconhecível na primeira partida terça-feira (27), superou as adversidades e venceu o Unilever, em pleno Ginásio Maracanãzinho lotado, por 3 sets a 2, parciais de 22-25, 25-22, 25-22, 22-25 e 15-7, em 2h15. Mais do que levar a semifinal para a terceira partida, que também será realizada no Rio de Janeiro, a equipe do técnico Paulo Coco mostrou vibração, garra e superação. Tudo o que faltou em Araçatuba.
Quais seriam os motivos que fizeram a equipe “dar o sangue” neste jogo, e não na primeira partida da série, disputada em casa? Até aquele momento, as meninas estavam invictas em casa. Eram 12 vitórias em 12 jogos. O próprio Unilever havia sido vítima do Vôlei Futuro. O Ginásio Dr. Plácido Rocha, que em outrora parecia um caldeirão, de repente se tornou a casa do Rio de Janeiro. Um passeio daqueles! Uma ducha de água fria no mais fanático araçatubense que fielmente comparece ao ginásio, grita, torce, apoia e, acima de tudo, paga seu ingresso. O técnico Bernardinho armou sua equipe de uma maneira que as donas de casa não conseguiam uma sequência de pontos. Bloqueio, saque, defesa, dava tudo certo para elas. E tudo errado para nós.
Mas aí a história mudou. Neste sábado (31) mais uma vez as duas equipes se encontraram. Para o Unilever bastava uma vitória para enfrentar, mais uma vez, o Sollys/Nestlé/Osasco na final (eliminou o Usiminas/Minas na outra semifinal). Para o Vôlei Futuro, só vencer interessava para salvar a Superliga 2011/2012. O título Paulista de 2011 foi importante, mas somente um campeonato a nível nacional traz credibilidade a uma equipe.
No primeiro set, vitória do Rio de Janeiro. O torcedor, que acompanhava a partida pela televisão, rádio e internet, já dava sinais de desânimo, talvez prevendo que “a vaca ia para o brejo”. Mas não foi bem isso que aconteceu. Ufa! Paula Pequeno, Ana Cristina, Walewska, Verê e Fernanda Garay jogaram o tanto que valem. Joycinha, tímida em quadra e errando muito, reagiu e também mostrou porque já foi jogadora de seleção brasileira. O segundo e o terceiro sets foram vencidas pelas paulistas. No quarto, apesar da desvantagem no placar, o Rio de Janeiro buscou o resultado, venceu e levou a decisão para o tie-break.
Mas se o Unilever deu uma aula no primeiro jogo, foi a vez do Vôlei Futuro ensinar um pouco da arte araçatubense para as cariocas. Paula Pequeno, a musa do voleibol, sentiu câimbras, mas mesmo assim continuou. Bernardinho, que já não tem muitos cabelos, deve tê-los arrancado ao ver sua equipe perder por 15 a 7, ser facilmente dominada em quadra e, pior de tudo, levar a decisão para a terceira partida, assim como acontecera na fase de quartas-de-final diante do Mackenzie/Cia do Terno.
Com a semifinal empata em 1 a 1, a terceira partida da melhor-de-três será realizada sexta-feira (6), novamente no Maracanãzinho, que estará lotado mais uma vez. Para o público amante do vôlei; aqueles que torcem para o Vôlei Futuro e querem ver a equipe disputado pela primeira vez na sua história uma vaga na final, a hora de torcer é agora. O Vôlei Futuro feminino nunca esteve tão perto de disputar um título da Superliga como está agora. Sexta-feira, às 21h. #GoVF!