segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Escolha Consciente


Eleições Municipais ocorrem no domingo (7)
Faltam treze dias para as eleições municipais. Em um universo de intensa especulação, que se arrasta desde o início do ano, os eleitores têm no voto o poder para escolher quem governará sua cidade pelos próximos quatro anos. Na região médio-norte de Mato Grosso, onde estão concentradas Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop, a agitação começou logo após o réveillon.

Apenas em Lucas do Rio Verde o atual prefeito não poderá concorrer à reeleição (Marino Franz, do PPS, está em seu segundo mandato). E é justamente aqui que está a maior disputa. Apoiado pelo atual gestor está o ex-chefe do Executivo, Otaviano Pivetta (PDT), 53 anos, gaúcho de Caiçara. A acirrada disputa é com o agricultor e empresário Rogério Ferrarin (PMDB), 35 anos, gaúcho de Palmeira Missões. O fato curioso: os candidatos são primos – Ferrarin é filho de Marlene Pivetta, prima de Otaviano. Entretanto, a familiaridade não é sinal de cordialidade: a campanha mostrou isso.

Em Sinop, Juarez Costa (PMDB) explorou em sua campanha os feitos dos últimos quatro anos e, principalmente, o apoio das esferas Estadual e Federal do governo. Além disso, o peemedebista tem a seu favor a chamada “máquina pública”, que endossa seu favoritismo. Na oposição, Dilceu Dal’Bosco (DEM) traz a força de uma coligação composta por 11 partidos. Se é suficiente para derrotar Juarez, somente a eleição dirá.

Enquanto isso, Lírio Lautenschlager (PMDB) parecia caminhar tranquilamente para a reeleição em Nova Mutum, até esbarrar no ex-prefeito Adriano Pivetta (PDT). Pesquisas apontam total equilíbrio na disputa. Já em Sorriso, Conceição Missio (PSOL) pode tirar votos consideráveis dos favoritos Chicão Bedin (PMDB) e Dilceu Rossato (PR). O primeiro, atual gestor, e o segundo, ex-prefeito, também estão em busca dos últimos indecisos para garantir a vitória.

No dia 7 de outubro, a decisão está nas mãos de você, cidadão. O conceito de cidadão surgiu na Grécia, para denominar aqueles que participavam das discussões e ajudavam a decidir assuntos de interesse coletivo. Naquela época, eram raros os homens que detinham esse poder. Hoje, o poder de decisão está, sim, em suas mãos. O seu voto pode mudar a realidade da todos à sua volta. Faça uma escolha consciente.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Chuva: benefícios e cuidados



População deve tomar alguns cuidados em caso de chuva forte
Entre os meses de Maio e Setembro a grande maioria do território brasileiro é abatida pela ausência de chuvas. Um período seco que em algumas regiões varia para mais ou para menos, mas que em um contexto amplo castiga todo o país tropical. É bastante comum notarmos as pessoas suplicando por chuva, para amenizar a temperatura e umedecer o ar. Não sou meteorologista, não sei que dia e que horas ela vai cair, mas vamos adiantar alguns pontos interessantes sobre esse fenômeno.

Formação
            A chuva ocorre da seguinte forma: a água, quando aquecida pelo sol ou outro processo de aquecimento evapora e se transforma em vapor de água. Este vapor se mistura ao ar e, como é mais leve, começa a subir. Assim formam-se as nuvens, carregadas de vapor de água (quando mais escura é nuvem, mais carregada). Quando atinge altitudes elevadas ou encontra massas de ar frias, o vapor de água condensa, transformando-se novamente em água. Como é pesada e não consegue se sustentar no ar, a água acaba caindo em forma de chuva.

Importância
            A água é essencial para a vida de todos os seres vivos. Porém, ela vem sendo desperdiçada, o que pode fazer com que daqui a alguns anos a quantidade de água em nosso planeta seja menor. Por isso, a manutenção do ciclo hidrológico é fundamental em muitos aspectos, como agricultura, pesca, regularidade da temperatura e umidade, conservação dos reservatórios de rios e represas e para a sobrevivência de muitas espécies.

Os caminhos da água
            A água das chuvas é importante quando vista sob dois aspectos. O primeiro, quando ela cai sobre o solo impermeável – o asfalto das grandes cidades, por exemplo – e escoa diretamente para a rede de esgoto, desemboca em rios e represas e, não raro, provoca enchentes.
A segunda maneira de a água pluvial chegar até seu destino final é por meio da absorção da terra. Apesar de ser um processo lento (aproximadamente 1 cm por dia), a água não evapora e garante o nível dos mananciais para a estiagem.

Como lidar
            Algumas regiões, como o norte de Mato Grosso, são acometidas por uma combinação de fortes ventos, chuvas torrenciais e alta incidência de raios, que contribuem para ampliar um cenário preocupante. Principalmente no início da chuva, são registradas quedas de árvores, de postes de iluminação, veículos danificados, cortes na rede de energia. Porém, a preocupação com a saúde e segurança da população é ainda mais importante. Alguns cuidados são essenciais: quem entra em contato com a água suja das enchentes pode estar vulnerável a doenças como leptospirose e hepatite A. Mas vale lembrar também que o mosquito da dengue se prolifera nessas situações e qualquer um pode contrair o vírus.
            Ao cidadão é importante que se informe da previsão do tempo antes de sair de casa; evite ficar próximo a árvores. Em caso de chuva forte, pare em um local seguro, em uma posição mais alta; evite atravessar vias inundadas, pois elas podem conter buracos ou obstáculos encobertos. Não tente dar a partida se o carro “morrer” dentro da água. O motor pode aspirar líquido e ser danificado; se a água cobrir 3/4 da roda, já há o risco de o veículo boiar. Em movimento, mesmo quando há uma lâmina fina de água, o veículo e seus ocupantes correm riscos: pode acontecer uma aquaplanagem, situação em que o motorista perde o controle da direção. O ideal é manter os pneus sempre bem calibrados.

domingo, 9 de setembro de 2012

Sem Identidade


Torcedor brasileiro desaprova atuação contra a África do Sul

Ser torcedor da Seleção brasileira de futebol já foi sinal de patriotismo. Foi-se o tempo em que a “pátria de chuteiras”, como diria Nelson Rodrigues, parava um país inteiro. Fosse em jogo de Copa do Mundo, Copa América ou mesmo amistosos, as indústrias diminuíam o ritmo de trabalho, as empresas dispensavam seus funcionários mais cedo, e a família se concentrava em torno do televisor para acompanhar o Brasil jogar. E hoje, como está a situação?
Não preciso ir longe para comprovar o quão desprestigiada está a nossa Seleção. Na última sexta-feira, em pleno feriado de Sete de Setembro, Dia da Independência, poucos sabiam que havia jogo do Brasil acontecendo. O adversário não era dos mais fortes, mas quem achou que a África do Sul seria um adversário fácil, se enganou. A vitória veio apenas no segundo tempo, o placar foi magro e o torcedor vaiou. Sim, e o fez na maior parte do tempo. O público ensaiou um coro de “olé” na troca de passes dos sul-africanos. Isso se chama “vergonha”, “humilhação”.
A bronca do torcedor presente no Estádio do Morumbi vai muito além da capital paulista. Há anos que temos uma Seleção sem identidade. Os mais antigos vão se lembrar de Pelé, Garrincha, Coutinho, Pepe, Jairzinho, Gérson, Rivellino, Ademir da Guia, Leônidas da Silva. Todos nomes históricos que fizeram miséria com a camisa amarelinha. Mas os torcedores de hoje não conhecem a cara da Seleção. Literalmente. Quando liguei a televisão e vi o goleiro pegar uma bola, perguntei-me: ‘quem é esse cara’? Somente após o narrador informar que se tratava de Diego Alves, reconheci o mesmo (apenas pelo nome). Acompanho futebol desde 1995, e o que mas chamava a atenção era a presença de um nome forte no gol. Acostumei-me com Zetti, Ronaldo, Edinho, Velloso (só para citar arqueiros de clubes), além de Taffarel, Dida, Marcos, Júlio César, frequentemente convocados. Hoje, não reconheço mais o time. Além da intensa rotatividade de jogadores, falta mais que capacidade a eles: falta carisma. São atletas que, agora, estão em nível de uma grande Seleção, mas sem identificação alguma com o torcedor. [Observem, estou me contentando apenas em citar goleiros.]
Renan, Gabriel, Rafael, Jefferson, Victor, entre outros, passaram e não deixaram saudade. Nas laterais, ninguém é unanimidade desde as saídas de Cafu e Roberto Carlos. Na zaga, Dedé, Thiago Silva e David Luiz não inspiram confiança. No meio campo, Oscar está apenas começando, mas parece ser o mais imbuído em ter sucesso. Os demais nomes são apenas passageiros, nenhum destaque acima da média. No ataque, nem Neymar, antes aclamado pela mídia e pela torcida, tem crédito. No banco de reservas, Mano Menezes continua a ser perseguido por todos, inclusive ex-jogadores (como o atual deputado federal Romário), e seu nome é constantemente especulado como provável demitido da CBF.
Uma mudança geral deve ser feita imediatamente na Seleção, desde o cargo mais alto dentro da Confederação até o último atleta convocado. Do contrário, a paciência de todos vai se esgotar por completo. Exigir uma equipe que ganhe tudo é natural, e uma tarefa difícil para quem comanda e para quem joga. Mas queremos uma identidade, uma cara. Isso vale principalmente para aqueles que estão em campo. Diz o jargão “um grande time começa com um grande goleiro”. Está explicado por que o Brasil não é mais um grande time.

domingo, 2 de setembro de 2012

Exceções



            Diariamente, vejo em redes sociais (principalmente Twitter e Facebook) declarações de amor. Ou então nos sites/portais de notícias, que trazem a união/separação de casais famosos (ou não tão famosos assim). Há de todos os tipos: breves e objetivas como “eu te amo”, ou quilométricas e fascinantes, que fariam qualquer um se sentir um semideus. Porém, ainda me indago sobre a veracidade de tais palavras. Atitudes também não são suficientes. Enfim, como demonstrar, na era moderna, o amor?
            Minha proposta é ser o mais imparcial possível. Gosto de analisar os dois lados da questão, ver os dois lados da moeda. Observar frases como “os homens não prestam” ou “quando vou encontrar meu príncipe encantado” causam arrepios. Se os homens não prestam, por que as mulheres escolhem tanto? Ou então se esperam o tal príncipe, por que não dão o devido valor quando encontram um rapaz de valor? Dificilmente ele aparecerá montado em um alazão, prometendo-lhes que serão ‘felizes para sempre’. A expectativa é que ele venha dentro de uma Dodge Ram ou de um Camaro Amarelo. A cor dos olhos, o tipo físico, o status social, tudo contribui para que o tapado de hoje seja o gato de amanhã. Enquanto isso, a inteligência, a busca pelo sucesso profissional (por vezes conquistada à base do suor, do cansaço e do esforço), são meramente qualidades secundárias. Os homens cortejam as mulheres e vice-versa. No tempo dos nossos avós, dos nossos pais, talvez esse texto não tomasse esse direcionamento. Mas concordemos: a situação se inverteu. Talvez seja reflexo dos números. De acordo com o último Censo realizado em 2010, o Brasil apresenta 96 homens para cada 100 mulheres. Talvez, a lei da oferta e da procura se aplique nesse contexto. Mas como em quase todas as regras, aqui também há exceções.
            Apesar da histórica fama de ‘cachorros’, ‘galinhas’, ‘safados’, dentre outros adjetivos, os homens têm um lado carente, que precisa de uma companheira [ênfase na palavra “uma”]. Nem todos querem viver o esquema beleza-peitos-bunda-sexo para sempre. Desprezar a ‘feia’ pode ser um tiro no pé, visto que beleza não é para sempre. Aparência também não. Uma verdadeira companheira está contigo até os últimos instantes. Homens são bebês, dão o mesmo trabalho que um recém-nascido. Meu caro amigo cueca de plantão, já pensou como será sua vida quando estiver com seus 80 anos, usando fraldas geriátricas, com dificuldades para se lembrar de quais remédios deve tomar em tais horas? As mulheres de verdade estarão aí, ao seu lado, quando isso acontecer.
            Homens e mulheres, prestem atenção ao que querem. Uma curtição de momento, um companheiro para a vida toda, um amor de duas horas dentro de um quarto de motel, ou uma pessoa em quem confiar, desabafar e contar que sempre estará ao seu lado, mesmo que seja apenas do lado de dentro do peito, batendo na intensidade do coração? Tenho um quarto de século de vida, mas não preciso mais do que isso para saber o que vale a pena. Assim como há desvirtuados, há quem goste de atenção, que quer dar atenção. Que quer ser a exceção. Se você tem um carro popular nacional 1.0 e ela só anda se for de Hilux, esqueça-a. Valorize aquela que vai com você mesmo que seja caminhando. E se você que é despreocupada com conceitos e moda, abra o olho para aquele que está preocupado de verdade com você, mesmo quando os problemas dele são maiores que os seus. Existem homens que prestam e mulheres com que vale a pena passar o resto da vida. Procure, ainda há exceções.